Ninguém escapa de um errinho aqui e outro acolá no português, afinal, nossa língua é complexa e cheia de pequenas regras. Às vezes, acertar tudo parece um desafio, mas nossa dica é começar pelo básico: eliminar primeiro os erros mais fáceis, que são talvez os mais comuns, para depois partir para os mais complexos. Abaixo, listamos alguns deles que você pode memorizar facilmente.
Dicas do professor Eduardo Valladares, diretor pedagógico do cursinho online Descomplica
1) A x há
Essa confusão é muito comum: no caso, “a” como preposição (indicando distância, tempo futuro) e “há” como verbo (indicando tempo passado, ou sentido de existir). No caso do verbo haver, uma dica para saber se ele foi corretamente empregado é substituir a palavra por outro verbo, como “existir” ou “fazer”. Se funcionar, é porque está correto. Veja exemplos:
– Não o vejo há muitos anos– Há meninas brincando no jardim
– O colégio fica a três quadras daqui
– Daqui a alguns anos, iremos nos reencontrar
– O colégio fica a três quadras daqui
– Daqui a alguns anos, iremos nos reencontrar
2) Haver x a ver
Talvez o erro mais frequente de todos. O verbo haver, no caso, tem sentido de “existir”, enquanto “a ver” significa “ter relação com” algo ou alguém.
– Esse vestido não tem nada a ver com meu estilo.– Deve haver uma forma de solucionarmos este problema.
– As ideias de Paulo têm tudo a ver com o assunto que discutimos hoje.
– As ideias de Paulo têm tudo a ver com o assunto que discutimos hoje.
3) À medida que x na medida em que
As duas expressões são parecidas e podem parecer iguais em sentido, mas têm significados muito diferentes: “à medida que” indica proporção, enquanto “na medida em que” é uma locução casual. Veja a diferença entre os usos:
– À medida que caminhávamos, mais ficávamos cansados.– Perdi dois quilos em uma semana, na medida em que fiz uma reeducação alimentar.
4) Sujeito e predicado separado por vírgulas
Todo cuidado com as vírgulas é pouco: o uso incorreto pode mudar inclusive o sentido inteiro de uma frase. Adicione mais cuidado quando estiver falando em sujeito e predicado: na maioria dos casos, não se pode separá-los com vírgula. Mas há algumas exceções:
– A variedade de frutas e, especialmente, de legumes é um dos trunfos daquela loja.
5) Crase
Às vezes algumas pessoas tomam a crase por vilã, mas compreendê-la é mais fácil do que parece: nada mais é do que a junção da preposição “a” com o artigo feminino “a”. Portanto, no geral ela deve ser usada diante de palavras femininas (também, com exceções) e nem sempre vai ser uma exigência
– A partida começa às 17h.– Ele cantou a canção à Roberto Carlos. (Nesse caso, está subentendido que ele cantou a canção “à moda de” Roberto Carlos)– Fiz o pedido de compra a Juliana. (Uso opcional, porque a pessoa que fala pode estar ou não usando o artigo feminino “a”)
6) Concordância
Na hora de escrever, é sempre importante fazer a ligação entre os termos da oração e ver os termos que se relacionam, e qual está conectado a qual. É o que chamamos de concordância.
– A dedicação dos familiares em ajudar Pedro é um exemplo. (O sujeito da frase é “dedicação”, por isso, os verbos devem se flexibilizar de acordo)– Faz dez anos que não o vejo. (Fazer, no sentido de tempo, é impessoal e não varia)
7) Significado das conjunções
Não confunda o que cada conjunção significa. Preste atenção para não usar incorretamente e passar o sentido errado no texto.
– Portanto: sentido de conclusão.– Mas: sentido adversativo, “porém”, ou aditivo.
– Pois: sentido de explicação, conclusão.
– Pois: sentido de explicação, conclusão.
Disponível em: <http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/duvidas-portugues/2016/05/13/evitar-erros-comuns-portugues/?utm_source=redesabril_nucleojovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_guiadoestudante> Acesso em 01 de Junho de 2016.
legal
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